A tecnologia e o poder da mente


Acho que todos já devem ter se perguntado: Como nosso cérebro consegue fazer tantas coisas, lembrar-se de eventos, nos movimentar, etc. O corpo humano é a máquina mais perfeita já criada, sim somos uma máquina, afinal temos diversos dispositivos de I/O onde todos se comunicam perfeitamente com nosso extremo e poderoso processador, o cérebro. É difícil saber a real capacidade que temos com o uso de nosso cérebro, mas e se aliado de nossa mente tivéssemos o auxilio da tecnologia, algo como um catalisador, que além de aumentar nossas "habilidades" nos mostrasse um campo muito maior do que esse que enxergamos.

Foto: Reprodução
A ficção a muito tempo cria em suas histórias ligações entre o ser humano e a máquina, a exemplo de Terminator IV a criação de um Ciborgue, um ser humano modificado com partes robotizadas que melhorariam suas habilidades, ou mesmo The Matrix onde seres humanos estão conectados a uma grande rede virtual -a Matrix- e podem ter uma vida paralela, diferente do real. Claro que por um momento isso é apenas ficção, mas não podemos deixar de lado esse tipo coisa, afinal não sabemos o que cientistas preparam para nosso futuro, ou sabemos? Creio que poucos dever saber quem é o Dr. John Donoghue, esse neurocientista foi o presidente e fundador do Departamento de Neurociência na Universidade de Brown, uma universidade norte americana localizada em Providence capital do estado de Rhode Island. Donoghue tem seu trabalho reconhecido internacionalmente, seu laboratório já realizou pesquisas sobre interfaces entre computador/cérebro o tornando líder na área.

Foto: Reprodução/Dr. John Donoghue of Brown University

Entre 2004 e 2005, o Dr. Donogue mostrou para o mundo que é possível se ter uma comunicação entre o computador e o cérebro, ele demonstrou isso com a ajuda de seu paciente tetraplégico Matthew Nagle. Nagle comandava cursores e jogava em um computador apenas com o "poder de sua mente", isso só foi possível, pois o paciente recebeu um implante em seu cérebro que era conectado a um computador através de um cabo (estilo a Matrix). Esse dispositivo criado por John Donoghue foi chamado de Braingate, essa interface altamente tecnológica já foi testada em mais de 5 pessoas com grandes deficiências motoras. O Braingate não é totalmente "usual", o doutor ainda tem pesquisas para o aprimoramento do dispositivo, onde o mesmo diz que pretende literalmente transformar os pensamentos em ação. Atualmente o sistema é um sensor que é implantado no cérebro e registra os sinais que são relacionados ao movimento, junto ao sensor existe um decodificador para os sinais, no caso computadores rodando softwares que transformam os sinais cerebrais em comandos para um dispositivo externo. Com o Braingate o sonho do Ciborgue vira realidade, afinal temos implantes no cérebro que podem controlar dispositivos exteriores apenas com o "pensamento". A equipe de pesquisa do dispositivo inclui neurologistas, neurocientistas, engenheiros, cientistas da computação, neurocirurgiões, matemáticos e outros diversos pesquisadores - todos focados no desenvolvimento da tecnologia para restaurar a comunicação, mobilidade e independência das pessoas com doenças neurológicas, lesões ou perdas motoras.


O uso do implante ainda tem alguns empecilhos, os médicos não sabem por quanto tempo ele pode ficar no organismo de forma funcional, uma das pacientes do Dr. John possui um chip a mais de dois anos, porém ainda é um grande desafio desenvolver de forma segura o Braingate funcionando 24 horas por dia sem haver nenhum problema. Mesmo sendo "alta tecnologia", o dispositivo ainda é uma máquina, e máquinas possuem erros, e ter erros em algo ligado ao cérebro não é nada legal. Mas mesmo, contudo, o Braingate é a esperança de muitas pessoas com deficiência.
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